Conhecida principalmente por seu papel na regulação do sono, a melatonina tem mostrado uma série de benefícios que vão muito além de garantir uma noite de descanso. Pesquisas recentes apontam que o hormônio atua também como antioxidante, fortalece o sistema imunológico, melhora a saúde mental e contribui para a regulação do metabolismo.
Estudos desenvolvidos por instituições como a Harvard Medical School e a Mayo Clinic destacam a versatilidade da melatonina e os impactos positivos que ela pode ter em diferentes áreas da saúde.
Antioxidante potente
A melatonina é considerada um antioxidante natural de alta eficácia. De acordo com a Harvard T.H. Chan School of Public Health, ela é capaz de neutralizar os radicais livres, moléculas instáveis que danificam as células e aceleram o envelhecimento.
Além disso, sua concentração elevada nas mitocôndrias — estruturas responsáveis pela produção de energia nas células — reforça o papel protetor do hormônio contra o estresse oxidativo.
Ação anti-inflamatória
Pesquisas publicadas no Journal of Pineal Research mostram que a melatonina ajuda a reduzir a produção de marcadores inflamatórios como interleucinas IL-1, IL-6 e IL-8. Essa propriedade pode ser útil na prevenção de doenças inflamatórias e crônicas, com baixo risco de efeitos colaterais mesmo em suplementações prolongadas, segundo os estudos.
Fortalecimento do sistema imunológico
A melatonina também tem demonstrado ação importante sobre o sistema de defesa do organismo. Estudos apontam que ela estimula a produção de células de defesa, como linfócitos T e B e macrófagos, além de atuar na regulação das citocinas, substâncias essenciais para a resposta imunológica.
Essa propriedade tem despertado o interesse de pesquisadores nas áreas de imunologia e infectologia, especialmente por conta de sua baixa toxicidade e efeito modulador.
Contribuições para a saúde mental
Os benefícios da melatonina também envolvem o bem-estar emocional. Pesquisas apontam que a suplementação pode reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Um dos fatores é a melhora direta no ciclo do sono, fundamental para a saúde mental.
Além disso, estudos clínicos indicam que o hormônio pode ter efeito ansiolítico e antidepressivo, com potencial uso adjuvante em tratamentos de distúrbios de humor, sempre com acompanhamento médico.
Regulação do metabolismo
A atuação da melatonina no metabolismo também tem sido objeto de estudos recentes. Publicações científicas indicam que ela influencia:
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Sensibilidade à insulina
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Níveis de glicose no sangue
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Produção de leptina (hormônio relacionado ao apetite)
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Pressão arterial
Esses efeitos tornam a melatonina uma substância de interesse para pessoas com distúrbios metabólicos ou em risco de desenvolver condições como diabetes tipo 2.